segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Bíblia do Skinhead


Aqui na Grã-Bretanha, somos situados em algum lugar ente cachorros loucos, fãs da Inglaterra e maníaco assassinos, nas seções mais mundo-cão dos tablóides sensacionalistas, e as coisas não são muito diferente em qualquer outro país. Não entendam mal. Ninguém em sã consciência sustentaria que os skinheads são anjos, e a treta bem que pode ser nossa marca registrada. Mas tratar-nos todos sistematicamente, como valentões desmiolados, é algo que não benificia ninguém Existe o lado triste daquilo que os jornais têm feito ao movimento skinhead nos últimos vinte e poucos anos. Por não deixarem de a realidade permear uma boa história, eles enterraram a maior de todas as culturas juvenis da Grã-Bretanha sob resmas de papagaiada sensacionalista. No fim das contas, o prejuízo é deles mesmo, já que a cultura skinhead representa de longe a maior herança juvenil deles todos, sem exceção. Nós somos a nata da classe proletária, e seria melhor se eles se convencessem disso. Há muito orgulho e paixão sob a embalagem dum skinhead. O mesmo tipo de orgulho e paixão que enche as arquibancadas de futebol todo sábado. É um sentimento de participação, de ser alguém e de estar com sua própria classe. Qualquer um que já tenha tido uma turma e tenha calçado um par de botas pode lhe contar, história por história, por que ser um skinhead o fez sentir-se com dois metros de altura quando só tinha um metro e meio. Temos nossos defeitos como qualquer um, mas ser um skinhead é muito mais do que dar porrada na boca de alguém. E quando vier o Dia do Juízo vai te muito vendedor de bota e suspensório escalando os portões do Céu. Quem viver verá. Tomara que este livro ajude de alguma forma a pôr o movimento skinhead em pratos limpos. Não porque queiramos entrar para história como inocentes injustiçados, e certamente não para impressionar algum estúpido estudante de sociologia. Este livro não foi escrito por nenhuma outra razão exceto dar aos próprios skinheads uma idéia melhor de onde vieram Não alfinetamos nem tiramos da seringa, e por isso mesmo este livro é uma celebração do modo de vida skinhead. Não me desculpo pelo conteúdo do livro. Tudo que faço é tentar, da melhor maneira, resgatar livremente o movimento nestes vinte e poucos anos. E você pode pegar ou largar. O movimento skinhead vem duma longa estrada, desde os dias de glória de 1969, quando cada esquina era casa duma gangue skinhead.. É fácil ser nostálgico de dias passados, mas era dos skinheads originais representou e apogeu do movimento, e tudo que se seguia devia ser avaliado por comparação a ela. Sem dúvidas muitos verão este livro como ma glorificação da violência. Não tem nada a ver. Quando os skinheads detonavam as gigs da Sham 69 e aprontavam na turnê da 2-Tone, as únicas pessoas que eles machucavam eram eles mesmo. Não precisa ser muito inteligente para perceber isso. E nunca ouve motivo de orgulho ao se ouvir falar algum skinhead cheirador de cola tenha violentado uma velhinha. Qualquer um dessa laia nada mais é que escória. Política é um fardo ainda maior para o movimento. É como um verme roendo até o caroço e deixando o movimento no bagaço em que se acha agora. Em cada um há algo de bom e de ruim, seja branco ou negro, e este fato era como um ponto pacífico para a grande maioria origem dos skinheads originais. Hoje o movimento esta rasgado ao meio por causa dum políticos ordinários. Não tem nem pista de quem vai ser o vencedor disso, mas está mais evidentes quem são os perdedores. Nós. Felizmente, porém, o movimento skinhead não vai ficar de pé ou ouvir abaixo por causa dum pilar de podre, e são as tradições, o estilo e a música aquilo que preenche muitas das páginas seguintes. O espaço nunca terá sido suficiente para fazer justiça a cada banda skinhead, principalmente aquelas que desempenharam papel relevante na evolução do movimento. Além do mais, não sou especialista em nada, e nem importa. Há gente por ai que poderia escrever um livro decente sobre o Oi! Ou a Sham 69, e talvez um dia o façam. Para variar, provavelmente fui mais prolixo do que devia. Skinhead é um modo de vida e, mais que tudo, é o seu modo de vida. Faça disso o melhor que puder, divirta-se, e se dúvidas vamos nos ver qualquer dia naquele grande pub lá no céu e poderemos trocar lembranças em volta de uma ou mais canecas de cerveja. Cuide-se, mantenha a confiança e obrigado pela leitura.



(GEOGE MARSHALL, skinhead de Glasgow)

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Podem parecer simplistas e até simplórias no papel, mas acontece que elas não foram feitas para participar de nenhum concurso de poesia barroca. E quando são tocadas ao vivo que se pode senti-las no seu “meio ambiente”, onde parece cortar como uma gilete nova E devemos também é claro citar alguns dos clássicos do Oi!69

( IF THE KIDS ARE UNITED )

CONFRATERNIZACIONISMO INTERTRIBAL “Olhe em volta o que você vê? Moleques por todo lado, com sentimento ferido como eu e você” Eu não quero ser rejeitado, “eu não tenho liberdade”, se ficarmos juntos será o começo ” se os moleques se unirem, nunca poderão ser divididos”

" Eu to sabendo que não vou mudar o mundo. Se eu tivesse essa ilusão, seria um perfeito panaca. Tudo que eu posso é subir no palco, cantar a respeitos e deixar as pessoas curtirem e se tocarem enquanto ouvem. Não sou político. Não sou um lider, sou só um cara que sobe no palco para cantar Rock'n'Roll."

(Jimmy Pursey) ( O insulto é uma grande arma dos insultados, e quanto mais falarem mal da gente, mais nos reuniremos e seremos mais amigos!! )

"NENHUM DOS VERDADEIROS SKINS PODEM SER RACISTAS. Sem a cultura jamaicana, os skinheads não existiriam, foi a cultura deles, misturada com a cultura classe operária britânica, que fez dos skins o que ele é."

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